26 de novembro de 2009

A elite, o Lula, o filme e o ódio de classe.

Para começar, nunca fui muito fã de cinema. Um filme ou outro me desperta a curiosidade. Seja de ficção científica ou qualquer outra comédia roliudiana.
Pra mim o filme "Lula, o filho do Brasil", trata-se de mais um tipo grotesco de ficção roliudiana, se é que entendo bem de cinema, até porque não tenho muita autoridade para falar do tema. O que sei é que o mesmo é apenas um filme. Qualquer semelhança com personagens da vida real é mera coincidência.

Mas o que me chama a atenção é que a tal produção cinematográfica virou tema de discussão nas páginas políticas, ou seja, virou mais um factóide para a oposição ao Governo se espernear. A mídia, principal partido de oposição, busca a todo tempo ligar o filme ao governo, e mais, trata-lo não como uma produção cultural, mas sim, um material de campanha para 2010.
Se essa estratégia não funcionar, em cenas do filme logo vão descobrir algum carrinho de pipoca em que o pipoqueiro vende maconha e vão culpar o filme por isso. Vão dizer que "Lula, o Filho do Brasil", incentiva o tráfico de drogas. Que incentiva o personalismo ou o populismo político que provoca lavagem cerebral ou que faz apologia à pobreza.
Confesso: eu nem estava interessado em assistí-lo, mas com tanto ódio de classe que o mesmo reproduz, não por seu conteúdo, mas pelo horror e nojo que a elite tem sobre Lula, o petismo e os pobres deste país, sinto-me obrigado a conferir cada cena do mesmo.
Eu sabia da existência do ódio de classe no Brasil. Mas nunca imaginei que poderia chegar a esse ponto. Eles não só odeiam o Lula. Eles odeiam qualquer coisa que passe perto do Lula. Não basta dizer que foi tudo sorte, foi tudo por acaso, que os oito anos de Lula foram apenas continuação de FHC, que Lula apenas esquentou a cadeira para José Serra. É preciso matar, salgar e enterrar. Se os pobres brasileiros odiassem os ricos tanto quanto os ricos odeiam os pobres, o Brasil viveria um banho de sangue.
A elite cansada ficou paranóica, tanto que cheguei a verossímil constatação: a mesma precisa de tratamento psiquiátrico.

24 de novembro de 2009

O PT mostra a sua força.

Neste último domingo, 22, a militância petista deu mais um sinal de sua força. Diante a boataria propagada pelos 'missionários' da seita andrezista, que anda espalhando em todo MS que Zeca do PT não será candidato, o petismo deu seu recado: queremos e teremos candidatura própria para retomar o Governo Estadual.

Num dia de sol e pancadas de chuva, mais de 16 mil filiados petistas sul-matogrossenses compareceram ao PED - processo de eleições diretas do PT e confirmaram o companheiro Marquinhos Garcia como presidente da legenda. Em Nova Andradina o comparecimento foi recorde. Mais de 400 filiados depositaram sua confinança na nova direção municipal e confirmaram Luiz Tadao, ex-vereador e militante petista histórico, para presidir o PT nova andradinense.

Em todo país, mais de 400 mil filiados compareceram ao maior PED da história, os quais elegeram em 1°turno o ex-presidente da Petrobrás José Eduardo Dutra.
A espectativa pós-PED é muito animadora. O PT vem fortalecido e unido para levantar sua militância com vistas para 2010. Dilma subindo nas pesquisas, mesmo com toda perseguição da mídia neoliberal, Serra despencando, o demo-tucanato (leia-se DEM/PSDB) em ruínas e o PIB brasileiro contrariando as projeções negativas, dão sinais de que teremos para 2010 a eleição da primeira presidenta da história republicana.

20 de novembro de 2009

PT Unido é PT forte.

Domingo, 22 de novembro, é dia de encontro dos petistas com a democracia partidária que só o PT tem. Cerca de mil pessoas estão aptas a votar para escolher a nova diretoria do PT para o próximo período.
Aqui em Nova Andradina esperamos pelo comparecimento de mais de 200 filiados para confirmar o nome de Luiz Tadao Mitsunaga para a presidência do PT Municipal e para consolidar a união partidária em torno de uma única chapa: Partido Unido. Partido Forte!
A votação acontece a partir das 8h e segue ininterruptamente até as 17h na sede do PT, que fica na Av. Antonio J.M. Andrade, 676 (entre a loja ópaió e cachaçaria água doce).
O Partido da Mudança do Brasil também é o partido da participação democrática. É o partido que respeita os votos de cada filiado, pois não temos caciques, não temos coronéis que possam intervir sem que haja a vontade de cada participante do pleito.
Elegeremos também os nomes que irão presidir o PT em níveis estadual e nacional. Na esfera nacional nosso mandato acompanha a companheira Iriny Lopes, parlamentar combatente no Congresso Nacional e de capacidade extraordinária para conduzir o Partido dos Trabalhadores. Em nível estadual, apoiamos o candidato Marquinhos, que uniu todas as forças do PT de MS e que tem espítito dirigente para conduzir o PT rumo ao retorno de Zeca do PT ao Governo de MS.

Ao filiado que for votar, serão 6 votos:

1º Presidente Nacional: Iriny Lopes - 120
2º Chapa Nacional: Esquerda Socialista - 220
3º Presidente Estadual: Marcus Garcia - 300
4º Chapa Estadual: Unidade - 400
5º Presidente Municipal: Luiz Tadao - 520
6º Chapa Municipal: Partido Unido: Partido Forte - 680

13 de novembro de 2009

Palavras de resistência

Seguindo a sugestão de uma cara colaboradora do Mandato Alternativo, estaremos a partir desta postagem, publicando artigos de pessoas que desejam expor em nosso blog suas opiniões, acerca de temas variados. Para começar com tudo, publicamos abaixo uma brilhante intervenção da amiga Ana Carla Barbosa*.
Sou uma pessoa normal, de vida normal. Há quem me chame de careta, exigente, chata. Concordo com todos que o dizem. Concordo quando dizem que me falta um pouco de “bobeira” às vezes. É, falta mesmo.Em alguns dias, consigo até mesmo pensar apenas na cor do esmalte que cairia bem em minhas unhas, no programa de TV que há tempos não assisto, nos lugares em que eu e meu namorado iremos quando nos encontrarmos de novo. Esses dias de pensamentos leves me são muito agradáveis.
Embora dias de ócio intelectual sejam fundamentais para conservarmos uma mente saudável e uma personalidade que não soe arrogante, certos debates, certas reflexões, certas impressões e opiniões estão inscritas em mim. Inscritas em mim como sujeito político.
E se tem algo do qual tenho consciência, é de meu papel político. Para quem tenta me arrastar para a apatia pós-moderna, um aviso: ainda existe pelo que se lutar.
Posso (ou devo) parar e descansar sim, mas não posso homogeneizar todo caso que me peça disposição de consciência e ação. Fingir ou esquecer um conflito pela simples finalidade de compartir da visão “essas coisas não valem a pena” ainda não me fez a cabeça.
Nunca foi fácil resistir à massa descrente. A própria descrença não pode ser de todo julgada. Coisas aconteceram e acontecem para chegarmos até aqui, nesse estado de liquidez e pouca vontade, como diria Bauman.
Tenho fé na minha vontade e na vontade de outros, que ao contrário do querem que pensemos, não são tão poucos assim. Nunca fomos poucos, a questão é que incomodamos muito. Nós, caretas, exigentes e chatos incomodamos por conseguirmos ler toda a semiótica à nossa volta, por procurarmos ler a primeira história antes de analisar a atual.
Quando se tem a idéia total, o estranhamento é maior. E por se tratar de coisas maiores, o fôlego dos chatos é constante, é instigador. Respiramos mais e mais e mais, respiramos para aqueles que querem nos sufocar.Ideologias, classificações, estudos...
Não importa a denominação. Hoje é um dos dias de ócio e não vou comprovar minha tese através de outros autores e mais pesquisas. Hoje é um dia de ócio, entretanto, aprendi que a atuação é constante.Discriminação, privação, exploração. Se este é o cenário, não importa. Importante é o antagonismo: igualdade, educação e liberdade de pensamento. Importante é que os atores tenham crítica e desencadeem processos.
Dia desses, fui surpreendida com uma frase pejorativa a respeito de certa política pública de educação. Não sabem, não entendem, não enxergam todo o processo por trás de qualquer ação pública. Muito mais fácil é banalizar e ostentar posicionamentos sem conhecimento ou bom senso. A carência de debate e percepção é tamanha, que em vez de me chatear, me faz sentir maior a motivação e obrigação de ir certa no caminho ferrenho, mas compensador, da contrução da igualdade e integridade humana.
Ainda que tentem me deter na cegueira de um preconceito ou na sordidez da má vontade, vou firme, firme na consciência de minha ação e minha dignidade.
Aos que tentam vetar a voz dos pensantes e ativos, deixo umas palavras de autoria de Brecht. Elas elucidam bem o que venho tentando dizer texto acima e vida afora.
"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo”.
(*) Estudante do 2º ano de Comunicação Social-Jornalismo da Universidade Norte do Paraná (Unopar), Londrina. Entretanto, sua casa é Nova Andradina, Mato Grosso do Sul

Blecaute: sabotagem da mídia demo-tucana

Os setores demo-tucanos da mídia se esbaldaram com mais um factóide: o apagão.
As discussões sobre o blecaute nas linhas de transmissão, ainda não esclarecido, já que as suposições vão de incidente à sabotagem, tomaram um grau desproporcional ao tamanho do ocorrido.
A imprensa tem explorado de maneira covarde e leviana o episódio desta semana, chamando de apagão um simples acidente de percurso. Ora, se o blecaute causou até 7 horas de falta de energia elétrica em algumas cidades do país, lembremos que no governo de FHC, este apagão teve duração de mais de 2 anos. A energia era racionada, apenas metade das luminárias das cidades podiam ser acesas a noite, as cidades ficavam as escuras, a capacidade do setor elétrico em oferecer energia às indústrias era limitada e o PIB do Brasil estava impedido de crescer, enquanto a vizinha Argentina crescia 5 vezes mais.
Temos outras pérolas da vida cotidiana da era tucana... No apagão tucano, tínhamos horário para tomar banho, pagávamos na conta de luz o chamado 'seguro apagão', não podíamos consumir mais de 150 kW senão viria multa severa na taxa de energia, ou seja, o Brasil da época não tinha geração de energia suficiente para o seu consumo.
Hoje, com 20 milhões de habitantes a mais que no governo do PSDB, o Brasil tem energia elétrica de sobra não por sorte, mas por causa de uma política anticíclica adotada pelo Governo Lula com o grande empenho da Ministra Dilma Roussef, que superou o sucateamento patrocinado pelo Governo FHC, quando o mesmo privatizou o setor elétrico, rateou-o com empresas incompetentes que nada investiu na ampliação do fornecimento de energia.
Os meios de comunicação servem para informar o cidadão e não confundí-lo. O que aí existe é uma franca intenção de confundir o cidadão com vistas a 2010, quando os grandes barões da informação, leia-se, Organizações Globo e Editora Abril já se mobilizam para complicar a candidatura da Ministra Dilma, em benefício do tucano José Serra. E por falar em José Serra, e o rodoanel? Para o Governo de SP 5 bilhões não são suficientes para terminar um anel rodoviário, de modo que vigas de 85ton, ditas de concreto, se esfarelam, caindo em cima de cidadãos trabalhadores e pagadores de impostos.

10 de novembro de 2009

Atividades do Fórum da Juventude reúne cerca de mil jovens.

Nunca foi tarefa fácil reunir jovens para debater problemáticas sociais, principalmente num fim de semana. Mesmo assim, a extensa programação do IV Fórum da Juventude que reuniu cerca de 1000 jovens durante os 4 dias de encontro, em que pese o tempo fechado, entre os dias 5 e 8 deste mês, deu mostras de que é possível e viável debater com este segmento alguns temas que nem os adultos estão dispostos a discutir: enfrentamento e responsabilização pelos crimes sexuais contra crianças e adolescentes, toque de recolher, combate e enfrentamento ao uso drogas, doenças sexualmente transmissíveis, cotas raciais em universidades e no serviço público, movimento estudantil, participação do jovem na política, igualdade de gênero, homofobia: causas e consequências, Instituto Federal de Educação Tecnológica, educação ambiental, ou seja, jamais outra edição do Fórum da Juventude reuniu tamanha gama de discussões.
O espaço físico deste ano foi a Câmara Municipal, local que ofereceu toda estrutura para viabilizar o encontro, reunindo jovens, realmente de todas as cores, da mesma forma sensibilizada pelo lema escolhido para esta edição. Musica popular, dança, cinema e atividades esportivas também marcaram positivamente dentre as atividades realizadas. O festival interestadual de capoeira foi outra atividade marcante, da mesma forma, os shows de bandas de diferentes gêneros musicais das cidades de Nova Andradina, Londrina e Batayporã.
A coordenação do IV Fórum da Juventude e o Mandato Alternativo, que tem como titular o Vereador Vicente Lichoti agradece os colaboradores, participantes e palestrantes importantes, como o Deputado Pedro Kemp, Silvia Lázaro Leal presidente do CMDC, Major Alves Neves membro do Conselho Estadual pelo enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, Dr. Marília da Delegacia da Mulher de Nova Andradina, Débora Fernandes coordenadora do CREAS, Diógenes Cariaga do Centro de Defesa dos Direitos Humanos "Marçal de Souza", da Professora Gleisy Kelly da Marcha Mundial de Mulheres, do Sergio Anastácio Junior líder estudantil em MS, da Professora Maria Félix, da Drª. Eliane Maria Giacon (UEMS), Dr. José Junio Rodrigues do Instituto Federal de Nova Andradina e do Dr. Marcus Aurélius Stier Serpe, Reitor do Instituto Federal de MS.