17 de novembro de 2010

ENEM e o 3° turno das eleições.

Desolada com o resultado das eleições, a mídia golpista e patronal fez do ENEM sua incansável tentativa de levar o Serra para um 3° turno das eleições presidenciais deste ano, mesmo com a surra aplicada pelo povo nas urnas - vitória de Dilma com vantagem de 12 milhões de votos, ou seja, soma de 10 vezes o eleitorado de MS. Porém, sabe-se que no processo eleitoral, por lei, não há 3° turno.
O escarcel foi desproporcional ao tamanho do problema observado. Mais de 3 milhões de estudantes prestaram o ENEM, uma forma mais democrática de concorrer nacionalmente a 83 mil vagas em 84 universidades federais do país. Mas, porque a gritaria, acaso seria o fato das falhas prejudicarem de 2 a 3 mil estudantes? Ora, num universo de 3,5 milhões de "proveiros", dois mil destes, equivalem a 0,03% do total, ou seja, não há porque cancelar o exame.
Que há falhas a serem ajustadas, nisso não há dúvida. Se o problema é pontual e mora numa pequena parcela dos cadernos de cor amarela, que se refaça a prova aos que se sentirem prejudicados, conforme a reivindicação da UNE e da UBES, e é dessa forma que o MEC, provavelmente, resolverá esse impasse.
Vejam! O motivo para tamanho alvoroço da mídia está na guerra de classe ainda existente no Brasil, por mais que estudiosos neguem que ela ainda exista nos dias de hoje. O ENEM é a redenção dos estudantes pobres, é a inclusão dos estudantes provindos de escolas públicas na universidade, seja ela pública, seja ela privada por meio do PROUNI.
Sobre cidadania e visão estratégica, o companheiro Lula continua nos ensinando "... Não permitam que aqui em Moçambique aconteça o que aconteceu no Brasil nos anos 90, quando meia dúzia começou a dizer que o problema da Educação seria resolvido pelo mercado: “o mercado vai resolver o problema da Educação”. Quem vai resolver o problema da Educação é o Estado, é o Estado que tem que assumir a responsabilidade..." [Presidente Lula, em Maputo, na aula inaugural do polo da Universidade Aberta; 09-11]
Abramamos nossas mentes! Se queremos de fato um país sustentavelmente desenvolvido, comecemos agora a defender a Educação como política de Estado e não como produto ou ventrículo do Mercado, que odeia o ENEM, que finge gostar do Lula e que todos os dias vomitam o PT.

6 comentários:

  1. Hey Vicente... eles vomitam o PT e os movimentos sociais! Mas a Dilma ta difícil vomitar... ela tá atravessada na garganta deles.

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  2. È mais uma vez o governo petista mostra que veio para transformar de fato a sociedade, isso sim e socialismo!!!

    Marcelo

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  3. Vicente. Gostei bastante do seu texto, de verdade. Tbm acredito que a "mídia grandona" aproveita a situação para criar uma atmosfera de "coitadinho" do Serra e do PSDB. MASSSS, preciso confessar, meu caro. Sacanagem. Segundo erro GRAVE no Enem. Tivemos o vazamento da prova, agora o erro com a gráfica. É bom o assunto ser espalhado. Assim não erramos mais. Não damos motivos para especulação. Fiz o exame duas vezes, sou bolsista do ProUni. Fico imaginando a tensão dos candidatos, mesmo que sejam parcela pequena. Todo mundo merece um tratamento responsável.

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  4. É fácil transformar a incompetência do governo em teoria da conspiração. O ENEM foi uma vergonha e a oposição não tem nada a ver com isso. Nosso 'querido' presidente afirmou que a prova foi um sucesso, coisa de primeiro mundo. Falar é fácil quando não se fez a prova. Não foram prejudicados apenas os das provas amarelas: há relatos no brasil inteiro de fiscais que confundiram os alunos, pessoas que usaram materiais indevidos em outras salas como lápis, borracha, celulares e outros objetos que na teoria deveriam ser barrados. O fato é que essa avaliação é o atestado de incapacidade e de inferioridade da educação em nosso país, só não enxerga quem não quiser.

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  5. Não vejo incompetencia não. Vejo falha pontual, como descreveu o dono do artigo. Esse foi o maior ENEM da história, aplicado para 3 milhões e 500 mil pessoas, não é qualquer vestibularzinho de Estácio de Sá ou Anhanguera feito pra uns gatos pingados, trata-se de uma prova nacional que passou a inverter as prioridades na educação deste país. Não é fácil, Vereador, ir contra a globo, os jornalões e revistinhas de dondocas como vc muito bem comentou. Fácil é se alienar com essas notícias plantadas pela mídia que assume todos os dias as dores da derrota do PSDB e que por muitas vezes tentou anti-democraticamente inviabilizar o governo do presidente lula. Parabéns pelo texto.

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  6. Guilherme Coimbra - Ciências Sociais - UFGD19 de novembro de 2010 às 21:43

    Concordo com o Vereador quando o assunto é o ENEM. A burguesia branca tá incomodada com a convivência forçada com pobres nos corredores e bancos de faculdades. Se o ENEM é o portal dos excluídos na educação superior, qual é a estratégia: acabar com o ENEM. Daqui da UFGD temos um grande exemplo disso, pena que poucos os estudantes contemplados por essa política ainda cospem no prato que comem, assim como muitos bolsistas do PROUNI que com a chance de ser burguês, finge de sua origem pra ficar de bem com o clubinho de playboys e patricinhas. Ah, discordo num ponto, não há guerra de classes. Guerra é quando há combatentes de ambos os lados. O que há é uma tentativa de massacre social de um grupo minoritário, porém poderoso, contra a maioria excluída dos bens de consumo, aos bens culturais e intelectuais.

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