"Queremos ser jovens, libertos, doados
à causa da vida, da comunidade;
abertos, conscientes, bem esclarecidos;
juntar nossas mãos, caminhar mais unidos;
Ôh, ôh jovem!
Teu irmão Jesus, Senhor, tem fome de justiça e de amor.
Sustenta tua luta, teu vigor, na força do seu Pão Libertador."
Este trecho de um canto nos remete à Campanha da Fraternidade de 1992, quando a Igreja Católica no Brasil lançava o Lema "Juventude, caminho aberto", convidando os jovens e as jovens a assumirem seu papel protagonista na sociedade.
"A injustiça que fere e que mata tanto homem criança e mulher, faz o jovem viver sem sentido, frustrado, perdido, distante da fé", é um outro trecho de música que identifica claramente as angústias juvenis. Os conflitos de valores, a substituição do 'ser' pelo 'ter' e os modismos camuflam o que o jovem é por essência: contestação, inovação e coragem.
Ano que vem, teremos a Jornada Mundial da Juventude no Brasil, com sede no Rio de Janeiro. Da mesma forma, a Campanha da Fraternidade, proposta pela CNBB poderá desenvolver este tema. Que benção!
Façamos deste momento, a oportunidade para incluir nossa juventude na luta e combate aos males que a sociedade padece nos dias de hoje, que por incrível que pareça, são muito parecidos aos que se tinham há 20 anos atrás, mas com um viés: nossa juventude ausente e marginalizada frente aos apelos da grande mídia, sendo tratada como problema e não agente transformador e idealizador de um outro mundo possível.