5 de janeiro de 2011

Até logo, Lula!

Jamais poderia iniciar 2011 sem homenagear a pessoa de Luiz Inácio Lula da Silva, a figura brasileira mais popular de todos os tempos. De retirante nordestino, flagelado, vítima da pobreza extrema, ainda no início da juventude sustenta sua família e tem no curso técnico de torneiro mecânico do Senai, talvez a chave oportuna para a mudança de sua vida, de uma vez por todas.
Falar de Lula é motivo de orgulho. Meu pai, Jamil Lichoti, metalúrgico no ABC paulista nas décadas de 70 e 80, por muitas vezes cruzou com Lula nas portas de fábricas e em grandes mobilizações, como a assembléia dos trabalhadores no Estádio de Vila Euclídes, nos piquetes do Paço Municipal e em frente a Igreja Matriz de São Bernardo. Foi na minha cidade natal que Lula organiza o sindicalismo de massas, uma das maiores resistências ao Regime Militar, e funda o Partido dos Trabalhadores, hoje o maior partido socialista das Américas, o qual sou filiado desde 1998 e nele milito desde que me entendo por gente.
Homem do povo, percorreu o Brasil de ponta a ponta na Caravana da Cidadania, ouvido, partilhando, conhecendo a dor do povo que ele mesmo sentira na pele. Não recebeu título de doutor em faculdade alguma, mas por sua experiência concreta e cotidiana, no contato com as pessoas, enfim, no conhecimento do que é o Brasil em sua essência, recebe do povo o maior diploma que um brasileiro pudesse vir a receber: o de Presidente da República.
Seu Governo inaugura uma nova fase ao Brasil. O Brasil retoma o crescimento econômico casando-o com distribuição de renda. De subserviente no cenário internacional, o país passa a ser respeitado. Do viés da dependência aos EUA, passamos a ter o que antes não tínhamos: soberania. A promessa antiga de "país do futuro", em seu governo tornou-se esperança no país do presente, dando ao povo auto-estima jamais sentida em outros momentos da história, colocando nossa nação no patamar de sétima maior potência econômica do Globo Terrestre.
Aos que discordam, desculpe-me. Não se trata de religião, nem veneração, mas falar de Lula conforta a consciência daqueles que lá em 1989 já o defendia como alternativa de mudança para o país, e assim o foi. O canto "Lula-lá", antes motivo de reprimenda, de rancor ideológico, de ódio de classe para uns, sempre foi-nos motivo de esperança e hoje, sensação de dever cumprido.
Combatemos o bom combate, guardamos a fé e a esperança no Brasil, porém, a luta continua.
Viva o Brasil! Viva Luiz Inácio Lula da Silva!



Um comentário:

  1. Obrigado companheiro, a muito tempo nao me emocionava tanto com um texto. Viva Lula sim,,, Viva a vida! Que agora pode ser de fato vivida.

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