4 de março de 2010

Em visita ao Brasil, Hillary Clinton defende cota para negros.

Na semana em que se inicia o debate no STF sobre cotas para negros em alguns setores da sociedade onde este segmento étnico sofre exclusão, sobretudo nas universidades, a  Secretária de Estado Hillary defendeu a política de cotas para os negros no ensino superior. Segundo a ex-primeira dama norte-americana, essa política foi adotada pelos EUA ainda na década de 60 e foi por razões como essa que hoje o país tem um presidente negro como Obama.



A Secretária de Estado americana, citou uma experiência pessoal para defender a pratica de ação afirmativa no Brasil – sistema que tenta ajudar minorias e inclui atos como cotas nas universidades ou no trabalho, por exemplo.
Segundo Hillary, "algumas medidas devem ser tomadas para que esses estudantes tenham sucesso". Ela disse que "o talento é universal, mas as oportunidades não".
Presente na Universidade Zumbi dos Palmares, a Secretária norte-americana disse o seguinte ao ser questionada sobre as cotas:
- Eu não sei os detalhes do caso ante à Suprema Corte. O que eu sei é que os afro-brasileiros são mais de 50% da população, mas apenas 2% dos estudantes das universidades são afro-brasileiros.
O STF realiza até sexta-feira (5) três audiências públicas sobre as políticas de cotas no ensino superior brasileiro. O órgão decidiu ouvir a sociedade após receber duas ações que questionam, do ponto de vista constitucional, a reserva de vagas nas universidades a partir do critério racial.
A primeira ação é do DEM (Democratas), que contesta o sistema de reserva de vagas na UnB (Universidade de Brasília), e a segunda é de um estudante que diz ter sido prejudicado pelo sistema de cotas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
A primeira audiência foi aberta nesta quarta-feira (3) pelo ministro Ricardo Lewandovski, relator do Supremo desses dois processos.
Para o contento do Mandato Alternativo, que juntamente com o vereador Marião levantou este debate aqui em Nova Andradina,  no primeiro dia da audiência pública, (3) que trata de políticas afirmativas para a reserva de vagas no ensino superior, a maioria dos expositores se manifestou favorável às chamadas cotas raciais em universidades públicas. Dos oito participantes, apenas a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) não assumiu uma posição no debate, alegando não ter informações necessárias para tão já manifestar opinião.
No Brasil, este tema sobre cotas raciais é muito recente, algumas ações isoladas iniciaram no ano de 2001, ou seja, nos EUA estas ações afirmativas começavam a entrar em vigor há mais de 40 anos.
Até o final de 2009, 52 mil estudantes brasileiros foram beneficiados com cotas nas universidades. Isso significa que são 52 mil profissionais que vão disputar em igualdade de condições os melhores postos de trabalho. O Brasil precisa das ações afirmativas para superar obstáculos impostos pelos equívocos históricos impostos as etnias afro-indígenas, que por séculos foram tratadas como animais de tração, irracionais e sem alma.

13 comentários:

  1. POXA QUE BACANA A DECLARAÇÃO DA SECRETÁRIA DE ESTADO HILLARY CLINTONS, DE REPENTE MUDA A MENTE DE ALGUNS IGUINORANTES PRECONCEITUOSOS SOBRE AÇÕES AFIRMATIVAS NO BRASIL, JÁ QUE ESSES DITOS BRASILEIROS TEM OS OLHOS SÓ PARA OS PAÍSES DE PRIMEIRO MUNDO!!!

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  2. cotas só servem pra fins eleitorais e só fazem aumentar o preconceito e o racismo

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  3. Preconceito..por parte de pessoas que querem o atraso e ñ concordam com as coisas erradas que ai estão, visão destorcida de mundo, isso sim e preconceito!!!

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  4. Cotas, Sinônimo de Preconceito? Contra quem?
    Precisamos esclarecer alguns pontos, que certamente vc anônimo deve ignorar.
    Percebi que vc não tem idéia do q sejam as cotas para negros na universidade.
    Cotas, de acordo com o Aurélio significa, porção determinada a alguém, vou pontuar aqui alguns dos inúmeros motivos das cotas serem implantadas.
    Pra qm não sabe, após a abolição da escravatura, muitos estudiosos tentaram provar teoricamente que o negro vinha de uma raça inferior,de acordo com Tavares Bastos 1862 , o escravo além de afugentar o imigrante Europeu,era em vez de um obreiro do futuro,um instrumento cego,o embaraço,o elemento de regresso das nossas industrias.
    Outros inúmeros estudiosos “provaram" na época ,que realmente não tínhamos a mesma quantidade de massa cefálica q os imigrantes Europeus q aq chegavam.
    Além de falar tanta “besteira”,nos deram a tal “liberdade”,liberdade pra subirmos os morros ,pois foi o único lugar q nos restou,sem emprego,ou qualquer incentivo o negro saiu das senzalas.
    E o preconceito se acentuou a cada dia,e permanece até os dias atuais.Diante destes fatos,algumas pesquisas feitas pelos melhores institutos como IBGE,provaram que tínhamos alguns frutos desta época de pós abolição,como disse Hillary logo acima,somente 2% dos universitários brasileiros eram negros. Será que estes dados são tão comuns que o estado diante disso não interviesse para que houvesse uma mudança?
    Hoje nós negros somos mais da metade da população brasileira, então, pq será q não figuramos alguns pontos da sociedade? vc ,caro anônimo, não acha isso muito estranho?
    Desta forma, diante de tantos fatos, as cotas foram implantadas, para que o estado cumprisse seu papel de intervir diante de incompatibilidades tão grandes como essas.
    Quanto a politicagem que vc cita, oxalá todo político fosse como o Vicente, que tem a coragem de se posicionar diante de temas polêmicos como este, q nem dão votos .Ou será q a Hillary está também querendo ser mais uma candidata FEMININA a Presidente do Brasil?
    Mas ainda sobre cotas , precisamos ter uma nota como todos os outros para poder entrar na universidade,realizar a mesma prova , apenas concorremos com aqueles q fazem parte deste percentual nada mais justo q a nos foi reservado.

    Maria Félix.Movimento Negro N.A.A.P

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  5. Em primeiro lugar quero afirmar que o termo raça não deve ser usado tendo em vista que,o ser humano não possui raçã.Nem mesmos os hominidios possuiam uma raça,haja visto que pertenciam a um FILO.Portanto,quem tem raça,é mais especificamente os animais,como as vacas,por exemplo.Desta forma,antes de tudo devemos compreender a nossa própria classificação dentro de todas as espécies.Falo como estudante de História que,incançavelmente tenho que ler isso nos livros que nos submete ao erra.Portanto,para designar as pessoas negras devemos uasr a expressão correta usado por nós em nosssos estudos:ETNIA.As cotas,portanto,já começa racista ao se referir aos negros como pertencentes a uma raça.Volto a afirmar:raça não existe para os seres humanos.Indíos possuem etnia e não raça.Pelo amor de deus,parem para pensar:não usam a palavra raça para designar os brancos!Quando se usa para falar dos negros tudo não passa de racismo.Em nossos estudos acadêmicos priorizamos esclarecer a todos os que desconhecem essa questão tão polemica de nosssos dias,mas infelizmente ainda usa-se com frequencia,e estão até tornando-a constitucional.Não falo como simples espectador,mas como uma pessoa, que todos os dias faz o curso de História,e que,logo mais,terá que ir em sala de aula tentar inculcar que o ser humano não tem raça,e muito menos os negros ou indíos.Sobre as cotas nas universidades vou dizer algo:as universidades federais não irão conseguir reparar o erro da escravidão abrindo suas portas aos estudantes negros;pois parece que tanto o governo e a sociedade organizada estão preocupados em tentar reparar um erro do passado,mas não estão preocupados se o racismo vai ou não vai acabar.Com o ensino que elas tem,provavelmente teremos um forte regime de segregação "racial" dentro das universidades,que mais de 70% dela é ocupada pelos filhos da elite que estão se perpetuando no poder desde os tempos da escravidão.Do outro lado,esbarando-se nos corredores, os estudantes negros e pobres.

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  6. como meu caro amigo anonimo disse, cotas pra divisao racial isso é uma verdadeira palhaçada, isso é coisa de quem nao conheçe a historia do homem,pois os primeiros homenídeos que habitavam a africa ,que daí surgiu os homens, eram negros,e a diferença entre o negro e o branco?que o negro tem mais melanina que branco, pois a africa é um lugar onde há muita insolaçao, e portanto o homem daquela regiao se adptou com as condiçoes geografica,e tem a coloraçao mais escura para proteger-se do sol. Alguns hominídeos da africa emigraram para regioes nortes onde la nao há muito contato com o sol , e portanto ao longo de milhares de anos eles foram perdendo melanina e ficando mais brancos.entao temos que tirar essa idéia preconceituosa de raça, repetindo a fala do anonimo raça é pra vacas, gatos cachorros etc.ou voce caro leitor já viu um tipo de homem que so produz leite, outro so carne?pois o artigo 5°da constituiçao federal assegura que "todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza",a ideia preconceituosa nao começou por causa da cor pele, quando os portuguese chegaram a africa,percebeu que as pessoas que la viviam nao eram desevolvidos como eles, e portanto sentiram-se superior aos africano, e inventaram essa africa atrasada, que mesmo depois de muito tempo essa ideia flora na cabeça de muitas pessoas que devem achar que cotas sao importante, para se sentirem iguais, e perpetuam nos dia de hoje essa ideia ridicula e arcaica que os negros sao inferiores.cotas nao vai mudar a ideia racista. e dizer que cotas é uma forma de compensar tudo que os negros sofreram na escravidao nao tem logica, temos que para com isse idealismo racial nos dias de hoje.

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  7. Como foi bem colocado no texto acima,por esse anônimo,um bom conhecedor das causas,pois a História,faz-nos buscar o porque disso,o porque daquilo,e não como,costumeiramente,as pessoas fazem: através de opniões vagas.Nos baseamos sempre em dados históricos e cientificos.Bem:falar de "cotas raciais" na sociedade brasileira,racista e preconceituosa é bastante difícil,pois alguns,com o seu "eu acho",faz com que o problema torne-se mais grave.Entretanto não o é.Em primeiro lugar,o Brasil deve colocar como prioridade o fim da pobreza,para brancos pobres e negros.Com isso,repararia o erro da escravidão e da exploração do negro que foi o principal sustentador do progresso brasileiro durante 400 anos.Ficarmos discutindo se o negro deve ou não deve entrar na universidade só porque ele é negro...vai levar alguns séculos,se analizarmos de forma histórica e não com base em politicagem da esquerda ou da direita.Pois,é claro,em ano de eleições,todo politico quer tirar proveito da situação para garantir seu lugarzinho no Congresso.A melhor forma,estão,para reparar os erros do passado é pegar os impostos que pagamos e investir para acabar com a pobreza de todos:uma educação de qualidade e não de quantidade fará com que todos os negros tenham a mesma chance de chegar à universidade.Sem precisar segregar-se do resto da população estudantil para fazer uma faculdade."Cotas raciais" aumentará o racismo,pois ela já começa racista ao dizer que negros pertencem a uma raça.Voltamos a afirmar utilizando a Antropologia e a ciência:o ser humano não tem raça,tem etnia

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  8. Engraçado como as pessoas distorcem as conversas, sobretudo quando se trata de cotas para negros, seja em qual for a instituição.Não estamos debatendo a questão "Raça ou etnia",isso é só uma discussão linguistica aqui neste momento, pois um termo usado há tanto tempo , até mesmo por grandes estudiosos como a palavra Raça,não seria extinto assim rapidamente.Caros anônimos , vocês ainda ouvirão muito este termo. De acordo com ,Juarez C. da Silva Jr. - 2005,hoje é sabido que do ponto de vista biológico todas as idéias de racialização humana cairam por terra, não existem raças humanas, mas apenas a espécie (raça humana), porém a construção social feita a partir destas idéias permanece no imaginário popular e principalmente os efeitos nefastos de todas estas hoje sabidamente equivocadas idéias na vida de milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo.Para eliminar os efeitos destas idéias equivocadas é preciso porém antes, conhecer como foi realmente montada a idéia de raça e seus conceitos. Hoje nos remetemos as questões étnicas ( povos), a discussão de raça não faz mais sentido a não ser do ponto de vista dos seus efeitos na construção social.
    Nós negros , sabemos e sentimos quais são os efeitos causados por este termo e não é somente uma questão linguistica.
    Mas voltando ao debate,aqui neste momento, não importa se usamos raça ou etnia para nos definir,pois este debate está muito além ,sabemos que por longos anos e ainda hoje ,estamos lutando por igualdade dentro da sociedade, e as cotas tem sido um dos caminhos que mais deram certo, não importa quem seja contra, o importante´são os frutos que já observamos após este processo.Me dê uma razão para não defender as cotas ,diferente das de costume como as da inconstitucionalidade,e vos darei milhares(desculpe-me a hipérbole),para serem a favor.
    Só quem viveu e sentiu na pele o preconceito racial é capaz de entender as cotas para negros na instituiçoes publicas.Se podemos ter cotas para mulheres,Judeus, porque tanta polêmica quando se trata dos negros?
    quem sabe `,se no lugar de estudarem tanto sobre diferença de termos como assim ficou visivel logo acima, procurem conhecer a trajetória do negro no Brasil,e assim poderem ir pra sala de aula preocupados com fatos que realmente precisam ser desconstruídos.
    Afro abraços.
    Maria Félix

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  9. [nota]Bem.Em primeiro lugar a questão da "raça" jamais poderá´ser destruído se darmos as costa para ela.Devemos ,sim, discutir isso abertamente,como uma sociedade organizada nos preceitos da igualdade como a que estamos constuindo;pois,ainda não atingimos o status de sociedade organizada,se estivessemos,dormiriamos com as portas aabertas!!!Quando as "cotas raciais" surgiu,todos de imediato começaram a acreditar que abrindo as portas das universidades para os que se consideram negros,iria reparar um erro histórico-estariamos pagando uma divida com os escravos do passado.Mas sabemos que não é assim:em nehum momento de sua criação e aos dias de hoje,pouco se fala se a educação como um todo vai ou não vai melhorar.Se o racismo finalmente vai desaparecer...Continuo batendo na mesma tecla:querem reparar um erro do passado,organizemos para cobrarmos do Estado melhores condições de vida para todos,emprego decente,melhor sálario,escolas modernas,professores mais capacitados.É para isto que pagamos nossos impostos.Ser cidadão não é apenas tirar o Título de Eleitor e escolher mais um para não fazer nada.Precisamos aceitar que cada um pode fazer a sua parte para melhorar o país em que vivemos.
    O governo com a ideia de cotas esta tentando subjulgar a capacidade intelectual de voces.Dizendo que quem tem a pele mais escura só poderá entrar na faculdade pelo regime de "cotas raciais".E depois da faculdade,também terá cotas para o mercado de trabalho?Será que mais ninguém vê a ideia racista que há por de trás disso."Cotas raciais"?

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  10. Engraçado,porque será que praticamente todos que se dizem contra cotas não se identificam e geralmente têm os mesmos argumentos?
    Caro anônimo ,vc afirma que , "O governo com a ideia de cotas esta tentando subjulgar a capacidade intelectual de voces.Dizendo que quem tem a pele mais escura só poderá entrar na faculdade pelo regime de "cotas raciais".E depois da faculdade,também terá cotas para o mercado de trabalho?Será que mais ninguém vê a ideia racista que há por de trás disso".
    Primeiro , as cotas foram implementadas com um objetivo,reparar a desigualdade que havia e ainda há dentro de alguns grupos da sociedade,veja os dados ,que não foram inventados pelos negros , mas que são resultados de pesquisas fundamentadas por orgãos como IBGE:Antes das cotas nas universidades,o numero de brancos dentro desta instituição era de 92% ,sendo que sabemos que somos um total de mais de 50% de negros dentro do país, e que mais absurdo ainda 75% dos negros vivem abaixo da linha da pobreza.Diante destes dados qual é a função do estado?
    Elaborar leis que façam com que estes dados absurdos sejam sanados ou pelo menos mitigados.
    As açoes afirmativas como cotas não afirmam que somos menos capazes , mas que temos o direito de concorrer com pessoas iguais a nós,temos que realizar a mesma prova que todos os outros,não é uma esmola, apenas concorremos com nossos irmãos de cor,e pelo contrario, tem vestibulares que os que tentam entrar pelas cotas as vezes não passam, pq esta mais concorrido.Temos exemplos disso aqui mesmo na UEMS.
    Está provado que o sistema de cotas tem cumprido já o seu papel.Como sempre quando se trata de reparar desigualdades, o Brasil é um dos últimos a aderir,assim como foi com a abolição,e agora com as cotas,nos Estados Unidos o debate sobre cotas já é página virada,e foi algo que deu certo.
    As cotas não foram inventadas pelo governo , mas é um processo de luta dos negros que surgiu desde a época de Zumbi,e que vem até os dias atuais,passando por Mandela, Malcon X e outros.
    Como disse a Ex ministra da Seppir,Matilde Ribeiro: "É melhor termos brancos ressentidos do que negros fora da universidade".
    O que me deixa feliz é que os dados também mostram que logo as cotas verá que seu objetivo foi cumprido,e estaremos aqui debatendo outros temas polêmicos.
    Pra finalizar deixo aqui um trecho que gosto bastante: "Guerra é o que nosso povo mais conhece. As guerras de Palmares, a guerra de Canudos,as guerras das favelas, as guerras do dia-a-dia. As armas não eram suficientes para combater o inimigo e as baixas sempre foram enormes. Mas hoje é diferente; não é satisfatório, mas é diferente. Estamos comba- tendo com armas mais poderosas que antes, e de diversos calibres: Respeito, Auto-estima,Consciência, Inteligência. E essa guerra não vai terminar tão cedo, talvez nem termine." ( Thaíde – músico rapper)

    Axé!

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  11. E aí galera, o debate está quente, acho que essa é uma das grandes vantagens da cotas, um tema polêmico onde os atores envolvidos configuram às arenas não estão subordinados a um tutela acadêmica, política e social. Nele falam negros e brancos pobres, ricos e de classe média, os diferenças categorias socioprofissionais.... Todos buscam o monopólio sobre a verdade, todos construindo argumentos que legitimem e deslegitimem às políticas de cotas. Um conflito, que ainda, vem sendo mantido dentro dos princípios democráticos onde armas são a palavra, o discurso e às estratégias de convencimento... A direita mais raivosa e os críticos inocentes basicamente deveriam reconhecer esse momento em que outros atores, lembrando o grande Eder Sade, tomam a cena pública e roubam a palavra dos acadêmicos e burocratas que sempre apontavam qual era o caminho para os pobres e negros, etc... Hoje, independente de estarmos errando, queremos optar por um caminho, não podemos cair na falásia da história lenta e da ausência maturidade, como bem lembra José Souza Martins, é o presente que nos pede solução e não o Futuro, não podemos esperar, pois o trem não vai parar, se assim podemos dizer....... Esse momento de grande reflexão, onde o medo e e corvadia intelectual não devem imperar, aqueles que escutam MANO BROWN, MC MENOR DO CHAPA, DEXTER E OUTROS, SABEM QUE A QUESTÃO E URGENTE E EMINENTE, NA FRANÇA ELES QUEIMARAM CARRO E GRITAM POR EMPREGO, NÃO QUEREM BOLSA FAMÍLIA OU RENDA.... NÓS AQUI GRITAMOS POR VAGAS NA UNIVERSIDADE E TEMOS BOLSAS FAMÍLIAS E AS ELITES ACHAM MUITO.... DE QUE AS ELITES TEM MEDOS? DE QUE OS PROFESSORES QUE NÃO PERTENCEM A ELITE TEM MEDO?

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  13. Estão racializando a sociedade. Estão destruindo os séculos de “paz racial”. Estão usurpando os direitos constitucionais. Estão negando a igualdade jurídica. Estão retirando o direito de jovens brancos de estudarem, como afirma Demétrio Magnólio:

    “essa turma tomou de assalto as chaves de acesso ao ensino superior e, desafiando as normas constitucionais, cassou o direito de centenas de milhares de jovens da cor "errada" de ingressar na universidade pelo mérito demonstrado em exames objetivos. A massa dos sem-direito é formada por estudantes de alta, média ou baixa renda, com diferentes tons de pele, que compartilham o azar de não funcionarem como símbolos úteis a uma ideologia.”

    O engraçado que não há nenhum protesto desses intelectuais contra a massa dos sem-direitos que anos após anos fora marginalizada, ocupando às mais precárias posições do mercado de trabalho formal e informal brasileiro. Eles estão com medo de perder suas empregadas domésticas, de não vê-los como flanelinhas, de reconhecê-los como um possível assaltante. Temem de perder seus porteiros, seguranças. De não terem mas que ajudar nos natais sem fome, aliviando assim sua consciência moral. As tem o fim das daqueles que estacionam seus carros em quanto eles jantam, que eles esvaziam as cozinhas de restaurantes.

    Essas cotas informais jamais foram contestadas pelas elites brancas, aliás acreditavam que elas, inclusive, eram naturais, eram fruto da incapacidade desses homens, da preguiça, indolência e inaptidão cognitiva. Do exclusão era somente uma questão educacional, veja-se pela resistência que não simplesmente uma questão educacional. Enquanto, brilho e sucesso dos negros era alcançados em territórios delimitados pelos brancos(desprezados deve se frisar), inclusive reconhecidos por eles como lugar dos negros, como esportes, dança, cultura popular e etc. não se discutia racialização da sociedade brasileira, os brancos não falavam em “massas sem-direitos”, inclusive acusam às vozes dissidentes de exagero ao criticarem a “mito da democracia racial”.


    A intensidade do debate demonstra que esse é o momento do movimento negro e toda população negra negar mesmo o lugar que historicamente lhe atribuíram, de intensificar o processo de afirmação política e identitária, exigindo políticas de reconhecimento e distribuição, que reparação social e política longos anos de exclusão. Não deve-se aceitar o argumento que as diferentes trajetórias de vida de alguns negros e negras, que se desviaram do lugar atribuído e imaginado aos negro pelo preconceito, discriminação e racismo, seja usada a afirma invisibilidade da cotas, mas é preciso apontar que essas exeções provam que a regra é não lugar para negros e que a política afirmativas são necessários para construir diferentes trajetórias no plano do grupo/coletivo. E não continue sendo somente estratégias indivíduos, famílias e redes solidárias que com todo esforço conseguem quebrar os estigma. Precisamos mesmo de políticas públicas e ações sociais que garantam os negros em coletividades possam trilhar outra vidas e conquistem margens mais amplas de escolhas e projetos de vida. Assim, enquanto não suspendemos a propriedade privada e direito de herança às cotas continuam sendo uma arma estratégica na configuram e fortalecimento de outros sujeitos políticos e na contestação do monopólio dos bens simbólicos que marcam a sociedade brasileira.

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