Há exatos 153 anos, operárias norte-americanas de uma fábrica de tecidos, de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Embora o Brasil seja considerado um país machista, a mulher, pouco a pouco, vem avançando na conquista por espaços socio-políticos. Em 1932 foi instituído o voto feminino, mas o direito de ser votada para ocupar cargos eletivos veio muito mais tarde. Por isso, ainda hoje esta desigualdade de gênero é real, latente, porém muitas vezes ignorada até mesmo pela própria mulher.
Vejamos a história de Nova Andradina. Poucas mulheres tiveram a oportunidade de ocupar cadeiras no Legislativo Municipal e jamais pode ocupar um cargo no Executivo. Temos alguns fatos que demonstram o quanto a força masculina pesa na configuração política local. Para esta Legislatura autal fora eleita somente uma mulher e esta, por razões pessoais ou políticas teve que recuar e continuar na pasta da Assistência Social. Temos também uma Deputada Estadual que por força "masculina", é titular de um Mandato que peca pela omissão em debater temas sexistas.
O esforço que deve ser feito, passa pela luta contra o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.
O Brasil, de certo modo, avança. Temos pela frente a possibilidade histórica de elegermos pela primeira vez uma PRESIDENTA. Duas candidatas qualificadas apresentam-se como alternativas: Marina e Dilma. Duas bravas mulheres que souberam na vida e na política imprimir a valentia, a perspicácia e a ternura feminina. Duas histórias diferentes com nortes iguais. O Brasil avança, as mulheres também. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
Obrigada vereador por ter se lembrado desta data nos homenageando em seu blog.
ResponderExcluirUm abraço.
Margarida
"Homem q é homem não bate em mulher e mulher q é mulher denuncia!"
ResponderExcluirLi esta frase outro dia e fiquei pensando em qntas mulheres ainda morrem vitimas de violência domèstica.
Obrigada Vicente por se lembrar desta data e de sua importância.