Desde o início de abril, quando FHSerra deixou o Governo paulista para disputar a Presidência da República, mesmo com toda ajudinha da mídia, o tucano ainda não encontrou elementos norteadores para o seu discurso.
Com a bola levantada pela Revista inVeja, tentaram a pecha do pós-Lula. A tática central era não bater no Lula e dizer que Dilma não tinha experiência política. Não deu certo.
Na tentativa de dizer que Dilma e o PT cometiam crime fazendo campanha fora de época e desqualificar as agendas da petista, deu com os burros n'água, pois o povo nada bobo observou que ele fazia o mesmo.
No Nordeste tentou convencer o povo dizendo ser o segundo Pe.Cícero. Não deu certo.
Dizia que o atual presidente fez um bom governo e foi além, afirmou que Lula está acima do bem e do mal. Não deu certo.
Disse ainda que a disputa é entre ele e Dilma, que Lula e FHC não tem nada a ver, que o debate é sobre o futuro e não o passado, ou seja, pediu para que o povo esquecesse os 8 anos do PSDB. Não deu certo.
Daí, começou a endurecer o tom do discurso. O primeiro a apanhar foi o Evo Morales. A Bolívia e seu povo passaram a ser os vilões do tráfico de drogas no Brasil.Depois disse que Lula não planejou o País, e mais, o PT divide o país entre pobres e ricos numa luta de classes.
Agora fala mal do câmbio, dos juros, da educação, da saúde... esqueceu-se dos oito anos do PSDB, onde a pauta desse Governo era o arrocho salarial, a privataria desmedida e escandalosa, o aumento da miséria, das dívidas pública e externa, o rombo nas contas públicas, período em que a economia brasileira se desmantelava com uma simples crise na Malásia ou no México... tudo isso dificulta a formulação de um discurso, somados ao brilho opaco de FHSerra, que as vezes chega a ser insoço e antipático, talvez por causa das pesquisas que já apontam Dilma na liderança.
Realmente, o Brasil poderá mais se de fato continuar com o atual projeto de nação, que fortalece o Estado e dá importancia à vocação de seu povo. O Brasil se reencontrou em Lula, e com Dilma, só para derrubar mais um paradigma, (primeira mulher no poder central), alcançará patamares jamais alcançados em nossa história. FHSerra não terá tarefa fácil. Descolar Dilma de Lula, que arrumou as contas deste país e devolveu ao povo o direito de sonhar, passa a ser missão dificílima.
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