Onze de Setembro de 1973, há 38 anos, morria Salvador Allende, no Palácio de La Moneda, Santiago do Chile, cercado e bombardeado pelas tropas rebeldes de Pinochet, então Minsitro da Defesa. Allende era Presidente da República, eleito, desde 1970 - Primeiro Marxista eleito democraticamente na América do Sul. Era um dos fundadores do partido Socialista Chileno (1933) e chegara à presidência apoiado na coligação Unidade Popular, que compreendia socialistas e católicos independentes, comunistas e outros grupos da esquerda chilena.
O seu governo preocupava os norte-americanos, especialmente o presidente Richard Nixon, que apoiou, substancialmente, o golpe de estado de 11 de Setembro. Os EUA, apoiados pelos Governo Militares do Brasil e Argentina, foram decisivos na derrubada sangrenta do "Companheiro Presidente". Milhares (40 mil) de corpos de militantes da esquerda chilena se estendiam pelas ruas das principais cidades do país durante o massacre liderados pelas tropas de Augusto Pinochet que por recompensa embolsou US$ 27 milhões de dólares de laranjas do governo estadunidense, contabilizada somente a grana depositada em suas contas secretas.
11 de Setembro de 2001
Faça a conta: para cada vítima do Ataque Terrorista ao WTC, os EUA mataram 100 pessoas visando vingar-se ou justificar sua guerra contra o terror.
Relembrando as palavras do presidente Obama e seu peculiar conceito de justiça, os chilenos estariam autorizados a caçar e matar os responsáveis pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças. Os Estados Unidos seguem se apresentando como guardiões da liberdade e da democracia. E pessoas seguem sendo mortas diariamente no Iraque e no Afeganistão para saciar uma sede que há muito tempo deixou de ser de vingança, mas por lucro em detrimento da humanidade.
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